A APMIM iniciou suas atividades em 09 de outubro de 1949, pouco mais de duas décadas após a emancipação política de Mutuípe, do município de Jiquiriçá. Como é possível verificar no breve relato da ata de Fundação da associação, a “pedra fundamental” para o movimento, foi a necessária promoção de ações de assistência social para preencher a lacuna que comumente se encontra na maioria dos diversos municípios brasileiros – E não seria diferente em Mutuípe, recém estabelecido politicamente -, em que o alcance limitado do Poder público, e a percepção de uma crescente faixa da população desassistida socialmente, provocou em um grupo de pessoas que defendem a ampliação de políticas de interesse coletivo, a vontade de organizarem-se formalmente para trabalhar de forma beneficente e filantrópica.
Desde a inauguração do Hospital Maternidade Clélia Rebouças, referência da região por ser a única unidade hospitalar 100% SUS, através de pactuação com o Estado da Bahia, de todo o Vale do Jiquiriçá, atendendo a mais de 20 municípios e 240 mil pessoas (relatório SEDUR), e ainda as mais diversas ações sociais e de saúde, a APMIM foi reconhecida como entidade de utilidade pública pelo governo Federal e é certificada pelo Ministério da Saúde desde 1973 com o CEBAS – Certificado de Entidade Beneficente e de Assistência Social – um benefício que é concedido pela União apenas para instituições que comprovam anualmente o cumprimento de uma série de requisitos, como a produção do atendimento 100% SUS, a promoção de atividades de saúde e/ou de assistência social sem ônus para a população/pacientes, a finalidade não-lucrativa com o investimento obrigatório de seus excedentes no custeio das suas atividades, dentre outros, garantindo a estas instituições benefícios fiscais.
Nos últimos anos, por força das dificuldades financeiras que as Entidades beneficentes e filantrópicas tem sofrido, por conta da falta de atualização da Tabela SUS, além do aumento progressivo dos valores dos insumos, mão-de-obra, entre outras despesas, diversas instituições passaram a ofertar a expertise do seu quadro gerencial, através da participação em certames licitatórios, de modo a expandir sua atuação para outras unidades de saúde, oferecendo sua experiência em gestão e acolhimento assistencial em saúde, e garantindo ainda outras fontes de recursos para manutenção das suas atividades sociais.
Por verificar que diversas Entidades tiveram sucesso ao seguir essa nova política de governança empresarial, tais como Santa Casa de Misericórdia da Bahia, OSID – Obras Sociais Irmã Dulce, Fundação José Silveira, entre outras, a APMIM acompanhou esse movimento se qualificando como Organização Social em Saúde, através do nome empresarial IMAPS – Instituto Marie Pierre de Saúde, em homenagem aos cientistas Marie e Pierre Curie, pioneiros nos primeiros estudos químicos e físicos que apoiaram a expansão da medicina moderna -, e participado de seleções e licitações, para o desenvolvimento das suas atividades através de contratos administrativos com o Poder Público.